Mitos e verdades sobre o Cadastro Positivo

Chegou a grande hora: vamos revelar o que é e o que não é verdade sobre o Cadastro Positivo.

Humberto

Humberto Bocayuva • Comunicação

• 05min de leitura

Existem alguns mitos e verdades a respeito do cadastro positivo. Você sabe identificar cada um deles? A Quod te ajuda com essa tarefa. Trouxemos abaixo alguns exemplos acompanhados de suas devidas explicações.


Todo o meu histórico de compras estará visível para as empresas

MITO. Muitos consumidores têm receio de que, com a entrada no Cadastro Positivo, todas as suas contas estarão expostas para qualquer empresa que desejar acessar seu cadastro. Especialistas explicam que o processo não funciona assim. Inicialmente, apenas o Score de Crédito do consumidor pode ser acessado pela empresa. Caso o consumidor autorize explicitamente, as empresas poderão também acessar o histórico detalhado de crédito do mesmo, mas ainda assim esse histórico contém apenas as informações sobre obrigações financeiras. “A empresa que acessa o histórico de crédito de um cliente tem apenas a informação se uma determinada conta foi paga ou não. Não está disponível nenhum outro tipo de dado. No histórico de pagamentos do cartão de crédito, por exemplo, não vão aparecer as informações detalhadas das compras, como estabelecimentos ou valores individuais, apenas o valor total devido mês a mês”, explica Gustavo Marrone, diretor jurídico e regulatório do birô de crédito Quod. 


Quem tem nome “negativado” pode ter Cadastro Positivo 

VERDADE. Mesmo quem tem ou teve o seu nome incluído nos bancos de dados de inadimplentes (a popular “negativação”) terá seu histórico de pagamentos no Cadastro Positivo, o que ajudará no entendimento de todas as obrigações e na realização de uma análise de risco mais justa para os consumidores. Assim, as contas pagas em dia são consideradas e as empresas conseguem avaliar o histórico financeiro de forma mais completa. “Essa é a melhor opção para o consumidor negativado, caso ele tenha pagamentos sólidos em outras áreas. Se ele não tiver Cadastro Positivo, a única informação disponível será a inadimplência e ele dificilmente terá acesso a crédito”, orienta Marrone, da Quod.


O Cadastro Positivo deixa os dados do consumidor desprotegidos

MITO. As informações contidas no Cadastro Positivo só podem ser usadas na análise de crédito. Os seus dados não poderão ser utilizados para marketing ou outras atividades. O Cadastro Positivo é regulamentado pelo Governo Federal desde 2013 e é administrado por empresas privadas que recebem autorização específica para operar nesse setor, como a Quod. Com a nova lei do Cadastro Positivo, apenas os birôs de crédito devidamente habilitados pelo Banco Central poderão operar os sistemas de centralização de informações do Cadastro, mediante requisitos muito rígidos de segurança da informação, privacidade e governança.


Compromissos de pagamento passados poderão ser utilizados no Cadastro

VERDADE. Legalmente, o Cadastro Positivo poderá armazenar dados históricos dos últimos 15 anos. No entanto, como vários consumidores só serão incluídos no Cadastro Positivo a partir da nova Lei do Cadastro Positivo, que entrará em vigor em julho de 2019, as informações começarão a ser armazenadas a partir de então, com envios de intervalos progressivamente maiores, até o atingimento do envio periódico de informações dos últimos 12 meses. “Com esse período já é possível fazer uma análise do histórico e o consumidor pode aproveitar imediatamente o benefício de ter uma análise mais justa”, afirma o diretor jurídico da Quod.